Quando o prédio vem abaixo...

Outro dia eu contei como foi o meu Carnaval, quando brinquei na rua ao som do bloco A Rocha (veja aqui a matéria). Só que me esqueci de um pequeno detalhe, que na verdade teve uma repercussão acústica gigantesca:

Pois bem, eu estava com milhares de foliões a frente da bateria e carro de som. Provavelmente eu e mais uns 2000 componentes estávamos concentrados perto da floricultura, pós número 96 da Rua Marques de São Vicente, quando no segundo andar de um prédio residencial apareceu uma zebra, ou melhor, um rapaz e abriu uma enorme bandeira do Vasco... caramba... imaginem mais de 1000 pessoas cantando o Hino do Flamengo! O morador em segundos retirou sua bandeira. Aquilo foi hilário. Não importa quem acabou ganhando a Taça Guanabara, o negócio que o Rio de Janeiro deve contabilizar uns 40% de Flamenguistas, 30% de Botafoguense e os outros 30% divididos em outros clubes.

(exatamente este prédio branco com varandas)


Ahhh, o que eu sou?! Nada... nunca gostei de futebol.

Bom, preciso voltar ao meu prédio... porque de vez em quando ele sofre uns abalos sísmicos causados não pelos EUA e sim pelos torcedores fanáticos de 02 clubes: Botafogo e Flamengo. Eu creio que o Condomínio é dividido praticamente ao meio para essas 02 torcidas, porque quando se trata dos jogos de outros clubes o silêncio é quase total.

No dia 17 de Fevereiro de 2010, quarta-feira de cinza, tarde à noite, estava no Skype falando com o meu amado quando... um tremor colossal tomou conta de tudo....


Ele disse: "Wow, o que é isso?!" rssssss

Eu: "Só pode ser algum clássico tipo Flamengo x Botafogo" (E era mesmo!!!)

Eu contei a ele que era normal a exaltação dos torcedores dos maiores clubes brasileiros. No Rio, especialmente onde moro, o sangue ferve nas veias dos Flamenguistas e Botafoguenses. Eu nem sei se devo arriscar que os Pós de Arroz (vulgo Fluminense) ou os Portugas (vulgo Vasco) são mais educados e torcem com moderação; o fato que é muito cômico o que acontece durante os jogos.

Eu recordo, quando minha filha ainda era bebezinha, de muitas noites que passei verdadeiros sufocos! Eu creio que rezei compulsivamente, além de fazer inumeras promessas, quando colocava ela para dormir! Algumas vezes ela acordava apavorada, aos prantos... e eu tão cansada... tinha que fazer tudo de novo... Acho que foi daí que tomei implicância com futebol!!!

Agora voces sabem que se um dia ouvirem notícias que um prédio sacudiu fortemente na Gávea, os únicos culpados são os torcedores dos maiores clubes de futebol do Rio de Janeiro.

O hino que apresento, para quem não o conhece, é do Flamengo, dedico ao meu pai que foi orgulhoso atleta deste clube e à lembrança do dia que brinquei Carnaval nas ruas da Gávea.