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O Snow é um gato de sorte.
Ele foi encontrado por minha sobrinha Julia na mata perto do Haras que costuma ir. Aliás, lindo lugar para se conhecer. Ainda vou falar dele e dos arredores.
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Houve um impasse porque não queriam deixar que ela o trouxesse, portanto, o escondeu. Além de que o pai, a princípio, também não gostou da idéia, visto que já tinham metade de um zoológico em casa: 01 cachorro (Bob) , 01 gato (Gugu), 01 préa (Lilica), 04 tartarugas (Lolo, Casquinha, Cleópatra e Diva), além de um já desaparecido hamster.
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Então chegou o mansinho, simpático e angelical gatinho branco que passados 12 meses ficou enorme e protagonizou lutas medievais com o Gugu, saíam rolando e esbarrando em todos sem parar a briga. Aliás, nós que precisávamos sair de perto!
Harmoniosamente, vivia solta e feliz da vida a Lilica, que atendia pelo nome. Lilica, a préa, morou inicialmente numa gaiola e foi ganhando espaço no jardim da casa e ignorada pelos felinos.
Era tão bom tê-la ali! A minha irmã leu que préas não viviam mais de 03 anos, acabou sabendo que mais de 03, mais de 04, mais de 05 e mais de 06...
O Snow é o amor de minha filha L.. A primeira coisa que faz ao chegar na casa da Tia 'Mion' é correr atrás dele e pegar aquele primo do Garfiled no colo. Pode fazer tudo com ele, até puxar o rabo, ele nada faz. Acho que nem sentando encima dele é capaz sequer de miar.
Cada gato e sua mania, por isso um dormia preso na sala (Gugu) e outro na área (Snow), porque eles são notívagos, podem aprontar e, sobretudo, acordar os humanos durante a madrugada. O Gugu é especializado nisso. Se estiver fora da casa, sobe o telhado e entra por alguma das portas das varandas dos quartos, mia até torrar um santo que acorda e se levanta para permitir a entrada triunfal.
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Uma bela noite chuvosa passou e na manhã seguinte minha irmã abriu a porta da área e ao descer até o porão (não lembro fazer o que) se deparou com uma cena digna de filme de terror: a Lilica estava degolada e sua cabeça jamais apareceu.
Ela desconsolada me ligou aos prantos. Foi uma verdadeira comoção naquela casa. Eu fiquei de luto, afinal a Lilica também era minha amiga.
O mais interessante que quem dormia lá, um felino manso e totalmente branco, saiu incólume: alvinho da silva. Sem um vestígio do crime que cometeu. Como nada se comprovou efetivamente contra ele, não foi preso, nem castigado. Continua comendo e sendo vacinado. Bom, depende, eu nunca mais o peguei no colo. A casa se dividiu em dois, os que ainda gostam dele e os que o desprezam totalmente. Eu faço parte do time que o vilipendia.
Eu sou assim, fim é fim. E por isso mesmo aproveito para terminar por aqui.
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Moral da História: Nem todos os bichos branquinhos são angelicais.
Ainda volto para contar a história do cavalo branco campeão, Galileo, porém chamado criteriosamente de "Tubarão".
(por Sissym)