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domingo, janeiro 31, 2010

Eu e os meus Espinhos

Quando criança, eu vivia com espinhos espetados no meu corpo. Quero dizer, não apenas nas mãos, nem somente nos dedos, como também poderiam ser pinçados tanto nos braços quanto nas pernas! Acho que até nos pés! Nem me perguntem como, porque até hoje gostaria de me saber.


Nossa roseira era como uma arvorezinha, tipo a imagem que apresento acima. Ela ficava no centro do jardim frontal da casa (eu morava numa casa enorrrrrrrme, porém de apresentação simples). Eu tinha, por hábito, circular com minha bicicleta o caminho que beirava as margens da roseira.



Ahhh... recordo sim de algo!!! Eu tinha mania de pegar as libélulas, porque sempre haviam lindíssimas sobrevoando. Eu não as matava não!!! Gostava de pegá-las, observá-las, admirar as cores diferentes e depois soltá-las. Eu fazia tanto isso que provavelmente já havia "domesticado" algumas. Como sei que devo ter domesticado?! Ora bolas, é fácil!!! Elas não fugiam de mim! Acho até mesmo que faziam fila para terem o privilégio de passarem por minha análise profissional. E com isso... eu me furava. Pequeno detalhe! Depois da libélulas, haviam os gatos que se escondiam lá debaixo e eu ficava hipnotizada por gatos... né... costume esse que mantenho até hoje, quando me enfio debaixo da cama para pegar a Lôla! Eu não tenho jeito mesmo não...

Alguns espinhos só tocavam levemente a minha pele e outros... que malvados, entravam e ficavam lá de prontidão! Eu chegava para meu pai - que tinha alma de médico e adorava minhas travessuras:


- Paieeee....

Mostrava o dedo, o braço, a mão, a perna, a barriga... a...

- De novo?!

Tantos "de novo" que eu fui ouvindo que passei a solicitar ajuda dele somente quando nem mesmo o contorcionismo era suficiente. É, fiquei craque em retirar espinhos, farpas e coisas do gênero.

Então vocês devem estar pensando que sou muito valentona, corajosa, etc etc... que nada! Eu sou meio fresquinha mesmo, digo uiiiiiii sempre que posso. Contudo, continuo gostando de retirar apenas farpas, porque cresci e não tenho mais a casa nem aquela roseira. Hoje, eu tenho duas jardineiras na sacada e plantei mini-roseiras cheias de mini-espinhos. É uma briga danada, porque não faço mais travessuras, contudo, a minha gata adora comer minhas florzinhas e ela nem se importa com os espinhos.


(por Sissym)

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5 comentários:

João Poeta disse...

Oi, Sissym, ainda bem que não eram espinhos de metáforas. Você foi muito feliz na sua infância. E isto é simplesmente maravilhoso.
Gostei muito de mais esta história de sua vida.
Parabéns!
João

Lilian disse...

Olá querida amiga Sissym,

Adorei a história de quando era criança e as travessuras com as libélulas, plantas e espinhos.

As rosas são muito lindas, mas temos que ter cuidado com os espinhos que seus caules têem, que traiçoeiramente nos espetam e fazem sangrar.

Da mesma forma é nossa vida. A vida é bela. Vivemos num mundo cheio de maravilhas; uma natureza linda, rios e montanhas.

Encantos em todos os cantos do mundo. Mas, em cada canto de encanto podemos nos deparar com um desencanto, com um espinho a nos sangrar o coração e nos ferir a alma.

Você, querida Sis, já provou desses desencantos; quando criança, os espinhos das rosas amigas; e agora, na fase adulta, os espinhos da violência.

E, mesmo assim, minha flor menina, consegue suportar os desencantos da vida com nobreza de alma e de coração e se dispõe a abraçar causas humanitárias e se doar de corpo e alma.

Parabéns pela mulher forte e de fibra que é.
Parabéns pela postagem.
Carinhoso e fraterno abraço,
Lilian

Anônimo disse...

Olá amiga Sissym!
Gostei muito da história e narrativa. Minha esposa é apaixonada por rosas e, até hoje, "enfrenta" os espinhos quando vê uma... :-)
Grande abraço e muita paz, Fernandez.
(via dihitt)

Hod disse...

Analogicamente Sissym alguns muitos preferem cultivar violetas dentro de casa.
Outras muitas assim como vc. buscam pela curiosidade arriscar-se.

As paisagens dominam e dão mais gosto a vida.

Forte abraço querida amiga,

Hod.

Valéria Braz disse...

Sissym que bela história de infância... é incrível como tuas histórias prendem a atenção do Diogo e geram uma séria de perguntas...Heheheh
Adorei.... e temos algo em comum.... também vivia com a mão cheia de espeinhos, mas no meu caso não eram libélulas.... eram da plantação de milho da fazenda do meu padrinho... sempre íamos colher!
Beijo no coração