Desaprovo os Bancos!

Às vezes ganho uma caroninha providencial até um ponto de ônibus mais tranquilo. Na verdade, atravessar a Avenida das Américas (Barra da Tijuca, Rio de Janeiro) é algo que irrita, porque o tempo dos sinais mal dá para passar entre uma pista e outra. Os melhores atletas não vencem o sinal.

A minha chefinha deixou-me então no mesmo batlugar de sempre, em frente a uma agência de automóveis, quando chove me deixa literalmente encima da calçada, mas desta vez, encontramos um obstáculo com de rosa: um fusca e reluzente!

Ela é tão humorada quanto eu e logo emendou:

- Aproveita e compra, está um brinco!

Não sei como nosso rápido papo voou pelos ares... sei que de cara com aquela coisinha fofa eu precisei parar para admirar. Ele era rosa claro, com portas brancas, a pintura tinindo, frisos, calotas, etc. Mas havia algo que meus olhos bateram e acabou com meu amor à primeira vista: os bancos!

Um homem disse:

- Gostou?! Este não está à venda. Já perguntaram antes.

Eu olhei para a cara dele porque nem me passou na cabeça perguntar nada, como iria enganar alguém se não poderia comprar mesmo?!

- Se desejar um igual, sempre aparecem uns bons fuscas e temos indicação de quem pinta.

- Senhor, agradeço muito sua gentileza, mas se este estivesse à venda não o compraria mesmo.

- Não é tão caro, gostaria de entrar? A não ser que não saiba dirigir, mas você me parece inteligente e poderia tirar sua carteira.

- Eu não aprovei os bancos!

- Preferia brancos?!

- Não, igual ao da Pit (Ingrid Guimarães em Sob Nova Direção): de ONCINHA! Igualzinho! Se possível, abrindo o teto. Infelizmente, não posso entrar, meu veículo (ônibuzão) está chegando. Obrigada.

(por Sissym)