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sábado, setembro 26, 2009

Ao redor do Flamboyant


Eu estudei por oito anos num lindo colégio que já falei dele duas vezes no BlogZoom: Um Motorista prá lá de Animado e O Segredo daquela Árvore . E agora a história que vou contar é ao redor de um maravilhoso e muito antigo flamboyant. Eu fiquei uns meses aguardando fotos originais dele, mas como não as recebi, mesmo assim, vou contar... vamos lá!

O flamboyant ficava num canto do pátio da recreação e era muito antigo, talvez centenário, por isso tinha um tronco muito largo e uma copa frondosa. Ao redor deste enorme tronco haviam vários banquinhos de cimento (era possível sentar umas 5 crianças em cada um), circundando a linda árvore. Nestes banquinhos, salvos do calor, à sombra da majestosa árvore, nós "merendávamos" e brincávamos. Uma das coisas que fazia com minhas amigas era pular cada banquinho fazendo a volta ao mundo do flamboyant. Era divertido.

Contudo o flamboyant tinha seus mistérios... imaginem só o tamanho dele e quantas moradias existiam nele! Formigueiros. Colméias. Ninhos o ano inteiro. Ninhos de passarinhos e ninhos de... cobras, uai! Estão pensando o que?!?! E quando alguma aparecia... todas as crianças ficavam curiosas! Nada melhor do que algo "perigoso" para chamar atenção. Eu me lembro muito bem de ver alguma correr para debaixo do banco, ou amiguinhos chamarem "tá vendo ali" "onde? onde?" ... E claro, a tardinha, os sons das aves noturnas anunciando o por-do-sol algumas vezes. E o cantar das cigarras??! Era o calor!!! Anunciavam com precisão a chegada de outra estação: o verão.

Nos oito anos que lá estive, jamais vi nenhum acidente. Eu só lamento muito não ter fotografias do lugar que tanto gostava de estar.



P.S.: a foto ao lado sou eu
desfilando com minhas amigas





Ahhhh... certo dia, na terceira série primária (do meu tempo) estávamos na sala de aula com nossa querida Irmã Rutinha (era assim que a chamávamos) e começamos a ouvir um canto diferente. Ela, sempre tão doce e tão perspicaz para aguçar nossa imaginação, nos chamou para ir até o corredor e observar parte da copa da árvore. Para a nossa surpresa nós encontramos um passarinho vermelho e preto. Nem me perguntem como, não sei mesmo, mas um dia ela apareceu com ele na sala de aula. Era nosso mascote "menguinho". Ficamos felizes por ter que cuidar dele por uns tempos. Só que sabíamos que ele precisava da liberdade e em breve sairia para voar sua vida.

Eu soube, este ano, pela Mara, funcionária do Castelo, que o "meu" flamboyant morreu alguns anos atrás, porém eles replantaram outro no seu lugar que já está bem bonito. Só falta eu ir lá conhecer e matar a saudade eterna (já repararam, não é mesmo??!).


Estávamos acostumados a ter bichos "de estimação" na escola. No terreno grande da horta, antes da enorme paineira, havia uma casa grande com o ateliê (antigo, provavelmente). E no finalzinho uma baia onde ficavam alguns porquinhos da índia. Adorávamos brincar com eles na roda.... isso é outra história...

Curiosidades:

Flamboyant ou Delonix Regia, também denominada flor-do-paraíso, pau-rosa, acácia-rubra, ou... flamboyant. Árvore da família das leguminosas (fabaceae), nativa da ilha de Madagáscar, África. Embora ameaça de extinção no estado selvagem é utilizada pelo seu valor ornamental. Adaptou-se muito bem em toda América tropical, especialmente no Brasil, onde arboriza praças e ruas. Ela deve ser restrita apenas a parques e grandes espaços porque tem altura média de até 15 metros, raízes superciais e danosas, ou seja, destroem calçadas. Árvore de crescimento bem rápido. Suas folhas são hastes recompostas com pequeninos folióculos. As flores são majestosas, quando nascidas duram semanas. E as sementes são com vagens.


O Ramphocelys Bresilius, ou sangue-de-boi, tiê-fogo, ou mais. Pode ser visto da Paraíba a Santa Catarina. A linda plumagem rubro-negra do macho (a fêmea não é igual, é parda) só é adquirida no segundo ano de vida. Apesar da beleza da plumagem essa espécie não é considerada por possuir um dos cantos mais bonitos. O chamado é duro, o canto é um gorjear melodioso e trissilábico, repetido sem pressa, algumas vezes em conjunto.

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8 comentários:

LISON disse...

Saudações!
Amiga Sissym,
Que Post Fascinante!
Como é maravilhoso relembram os tempos de infância, em especial um exuberante flamboyant.
Parabéns pelo Lindo Post!
Abraços!
LISON.

Rosana Ibanez disse...

Oi Sissym! Adorei saber um pouco da sua vida e da sua infância. Recordar é viver, assim diz a música, não é mesmo?. Sempre tem algo do passado que fica memorizada na nossa mente por toda a vida e com certeza essa flamboyant será uma delas. Aliás não conhecia esse nome!
Um beijo enorme e parabéns por amar a natureza.

Beijos

Anônimo disse...

Oi, Sissym, que bom relembrar nossos tempos de criança. Lendo o seu texto me bateu uma saudade daquelas, da minha infância.
Parabéns por essa alegria contagiante que você tem e que fica impregnada nos seus escritos.
Um abraço.
JBCPOETA (dihitt)

Alterado disse...

Olá

Que legal este saudosismo da tua infãncia e por compartilhar concosco. Este post me fez pensar que as novas gerações estão perdendo esta relação de "amizade" com a natureza.Lembro de tantas árvores e campos da minha infância e sinto também saudade dos momentos que passei com eles.Hoje em dia não se ve mais isso.
bjo

Daniela Figueiredo disse...

Sissy, esta árvore é linda! Minha mãe é fascinada pelo Flamboyant, tanto que tentou plantou uma muda no pátio de casa, alertaram-na de que era uma árvore muito grande, e devido à sua grandeza, invadiria casa adentro! É árvore para pátios grandes ou fazendas. Mas que encanta os olhos, ah, isso encanta!
Beijos pra tu.

Craig disse...

Sissy, You have such a keen memory of your childhood, I love hearing the stories. It's a shame the original Flamboyant is gone...but your memories haven't faded for those curious times of youth.....Beijos, Craig

Dan Smükke disse...

Post Muito legal tia! A senhora é uma pessoa muito interessante sabia!

Anônimo disse...

Muito legal essa lembrança. Sissy... Sabe que ontem estive no seu blog? Mas não comentei porque deu pane no meu laptop e depois não voltei mais, fui dormir...

Gostei muito da foto, dá uma saudade da infância e da adolescência quando vemos fotos não é? Do lugar onde estudamos, das amizades, do sorriso fácil, solto e ingênuo que tínhamos naquela época... Era tudo tão bom e doce...
Mas tudo bem, agora temos os nossos filhos e acho que nada pode ser mais delicioso do que vê-los crescendo a nossa volta com o mesmo sorriso que tínhamos...
Adorei o seu texto!

Beijos e um lindo domingo!

Lu